quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sombras da Noite

Sombras da Noite

Sombras a vagar
Em busca de prazer
Pelas ruas e bares
Da cidade pelas esquinas

Nas avenidas e calçadas
Se conciliando com o nada
Vendendo-se a qualquer um
Usa o corpo como uma máquina qualquer

Por entre as sombras da noite
Circula entre becos e vielas
Sorrateiramente na escuridão
À procura de alguém que lhe possa pagar

Sombras invisíveis
Passam as noites
Distraídas com olhar distante
Sem saber o que pensar

Sombras de um ser perdido
Sem saber ao certo o que será
Do amanhã quando a juventude
Distante estiver

Sombras perdidas
De seu próprio ser
À procura de que
Se não consegue, se entender

Perdidas que estão vendendo prazer
Bebem a noite inteira
Para esquecer
Os ricos que correm sem ao menos saber

Damas do prazer
O que as trouxe até aqui
Vendem-se por nada
Fazem isto por quê?

A noite passa, o dia vem
As sombras se desfazem
Solitárias novamente estão
Sem amor, sem carinho, de volta
Para seu mundo, aos braços da solidão

O Poeta do Sertão
21-10-2014

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