Sombras da Noite
Sombras a vagar
Em busca de prazer
Pelas ruas e bares
Da cidade pelas esquinas
Nas avenidas e calçadas
Se conciliando com o nada
Vendendo-se a qualquer um
Usa o corpo como uma máquina qualquer
Por entre as sombras da noite
Circula entre becos e vielas
Sorrateiramente na escuridão
À procura de alguém que lhe possa pagar
Sombras invisíveis
Passam as noites
Distraídas com olhar distante
Sem saber o que pensar
Sombras de um ser perdido
Sem saber ao certo o que será
Do amanhã quando a juventude
Distante estiver
Sombras perdidas
De seu próprio ser
À procura de que
Se não consegue, se entender
Perdidas que estão vendendo prazer
Bebem a noite inteira
Para esquecer
Os ricos que correm sem ao menos saber
Damas do prazer
O que as trouxe até aqui
Vendem-se por nada
Fazem isto por quê?
A noite passa, o dia vem
As sombras se desfazem
Solitárias novamente estão
Sem amor, sem carinho, de volta
Para seu mundo, aos braços da solidão
O Poeta do Sertão
21-10-2014
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