segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Centenária

Centenária

Desde os tempos de criança
Que ouço falar de ti
Não sei ao certo quanto tempo
Pois chegaste antes de mim

Hoje mais uma vez estou diante de ti
Admirando sua beleza
Com as flores e frutos a surgir
Que todo os anos a primavera
Sua copa vem enfeitar

Depois do inverno
A primavera em ti faz brotar
A semente da vida
Através deste seu lindo florir

Centenária representante da natureza
Que embeleza este lugar
Em dias de sol quente uma linda sombra
Forma em ti para nos acomodar

Como é lindo vê-la brilhar
Entre as flores como que a sorrir
Alimente seus filho que começam a surgir
Que beleza esta vista que você

Está a nos proporcionar
Como é lindo ver-te florir
Espalhando sementes do amor
Ao seu redor colorindo este chão

Como as estrelas que brilham, em noite de luar
Hoje se faz uma centenária senhora
Mas até parece uma jovem muda a desabrochar
Cheia de vida e vigor, como é lindo esta sua copa para os pássaros abrigar

Centenária e bela arvore
Que espetáculo é seu florir
Não me canso de olhar-te
Quantas lembranças me vêm

À mente quando estou diante de ti
Só lamento não ter conhecido
A deslumbrantes florestas que existiam aqui

O Poeta do Sertão
24-12-2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

As Formigas



As Formigas

Sejamos como as formigas
Que trabalham duro o dia inteiro
Sem parar, fazem da união
A força que precisam para romperem

Todas as barreiras que surgirem
À sua frente, que possam atrapalhar
E criar dificuldades em seu percurso
Seguem adiante sem olhar para trás

Trabalham disciplinarmente
Sem ao menos um líder ter
Assim são as formigas
Ordeiras e disciplinadas

O Poeta do Sertão
02-11-2014

sábado, 29 de novembro de 2014

Saber Para Que

Saber Para Que

Saber para que
Se o melhor é deixar acontecer
Não sei quem sabe talvez um dia
Mas para que perder tempo
Com o que não podemos ver

Pois eu só sei
Que mesmo sem saber
Eu só quero é viver
Assim saberei

Que se souber enlouquecerei

Então me deixem viver
Eu não quero um louco parecer
Deixem tudo com está
Eles que consertem o que souberam quebrar

Pois eu
Não quero nem saber
Para que eu iria querer
Se tudo que quero, é poder viver...

O Poeta do Sertão
28-11-2014

Meu Caminho

Meu Caminho

Sem ter a quem amar
Me recolhi em solidão
Para viver de nostalgia
Por não ter um amor

Meu caminho sigo sozinho
Na esperança de encontrar
Quem sabe um grande amor
E a este amor me entregar

Quem sabe me encontrando
Um dia eu volte a amar
Encontre alguém
Que me faça esquecer
Tanta dor, tanto sofrer

O Poeta do Sertão
28-11-2014

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Primeira Dama

Primeira Dama

És tu a primeira dama
E habita dentro de mim
Me motiva e me inspira
E me leva a devanear

Entrego-me em seus braços
Quando ao seu lado estou
Sinto-me novamente criança
Correndo livre pelas ruas, a brincar

Você primeira dama
Que tens o mundo em suas mãos
Me ampara e me consola 
Nos dias de solidão

É de você que preciso 
Para acalmar me coração
O que seria de mim
Se não houvesse você

De tédio eu morreria
A vida não teria prazer
Pois suas palavras me conforta
E me acalma com sua magia celestial

Cativa-me com sua singela beleza
E sua humilde harmonia poética 
Em seu jeito meigo de ser
Deixe-me navegar neste seu mundo  
Preciso seu universo conhecer

Neste oceano de fantasia
Com suas lendas e utopia
Se pudesse, em mulher lhe
Transformaria ainda que por um dia
E meu amor a você eu declararia

Oh...romântica, feminina minha Deusa Poesia...

O Poeta do Sertão

25-10-2014

Outono, Estação Dourada

Outono, Dourada Estação


Com o olhar perdido no horizonte
Fixo, em silêncio a observar
O despertar de um novo dia
Que não tarda a chegar

Com o astro rei o Sol
Que imponente surgirá
Como um diamante que brilha
Para nos anunciar

Que o outono vai chegar
Sendo que do ano ele é a estação
Que chega para as árvores despir
Para com, uma nova roupagem, as presentear

É outono, as crianças alegres a brincar
O dourado das folhas se espalham pelo ar
O outono é primavera, de uma só cor
Em cada folha dourada que cai,

Há o perfume de uma flor

Pois o outono é mesmo assim
A estação das folhas secas
Que ao cair, bailam pelo ar
Sobre o vento, até no chão tocar

E para sempre
Repousar, aos pés
Da bela árvore,
Que um dia foi seu lar..

O Poeta do Sertão
25-09-2014

No Ritmo

No Ritmo

Balançando e gingando
Com este seu rebolado
Requebrando no ritmo da música
Com movimentos sincronizados

Que a ela parece ser tão natural

Neste seu belíssimo bailar
Desliza a moça no meio do salão
Saltitando na ponta dos pés
Em harmonia com as batidas de um violão

Como um cisne suavemente a nadar
Vai deslizando a bailarina sorridente a saltitar
Se entende tão bem com a melodia
Que até parece nas nuvens navegar

Remexe, requebra e balança
Com este seu corpo escultural
Faça evolução da sua graça
Como é lindo vê-la bailar no meio do salão

O Poeta do Sertão
10-11-2014

Bom dia Vida

Bom Dia Vida

Bom dia vida
Bom dia amigos
Aos que estão longe, aos que perto estão
Bom dia a todos, os filhos de Deus

Visualizo neste momento pessoas
Que partem para trabalhar
Outras que estarão
Em seus lares, a se dedicar

Como a vida é bela
Com seus mistérios e encantos
A cada dia vivido
Um novo desafio, a se superar

Uma vida com altos e baixos
Com alegrias e tristezas
Momentos de puro êxtase
Com outros de desprazer

Nem sempre temos
Ou vivemos, a vida que queremos
As dificuldades são aprendizados
Pelos quais teremos que passar

Como é maravilhosa
A vida que Deus nos deu
Façamos um brinde a vida
Pois Deus nos escolheu...

O Poeta do Sertão
25-11-2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Chuva Miúda

Chuva Miúda

A madrugada se aproxima
Um novo dia vai chegar
Trazendo com ele a chuva
Uma chuva miúda, que teima e não quer parar

Caia chuva miúda, venha a natureza alegrar
Há muito que ela espera este dia chegar
Para seus filhos banhar, eles precisam da água
Para a terra a molhar

Mais um dia chegou
Um outro dia que terminou
É a chuva miúda que não para
Hoje o sol não vai brilhar

O Poeta do Sertão
06-11-2014

domingo, 16 de novembro de 2014

A Volta das Andorinhas

A Volta das Andorinhas

Até as andorinhas voltaram
Mas ela até agora não voltou
O que fazer na madrugada fria
Sem ter alguém, sem ter um amor

Andorinhas aves migratórias
Passam a vida a viajar
Viajam quilômetros pelo mundo
Mas não se esquecem das origens

Estão sempre a retornar
Este amor partiu, e nunca mais voltou
Será que está perdido pelo caminho
Ou será que que nunca amou

Como uma árvore
Que recepciona as andorinhas
Em pleno verão, uma outra árvore
Aguarda ansioso o retorno de seu amor

O verão já terminou
A andorinhas já se foram
Quem muito amor jurou
Ainda não regressou

Quem sabe junto
Com as andorinhas
Este alguém retorne
Na próxima estação...

O Poeta do Sertão

Esquina da Vida

Esquina da Vida

Parado na esquina desta vida
Confuso sem saber o que fazer
Sem saber para onde ir
Na encruzilhada do tempo

Não sei o caminho a seguir
Pessoas à minha frente
Seguem em todas as direções
Para a direita e para a esquerda

E eu ali parado na bifurcação
Nesta noite de lua cheia
Com sua luz prateada
A iluminar nosso torrão

Ilumine lua minha mente
Me mostre a direção
Se sigo com esta gente
Ou sigo solitário à frente
Obedecendo coração...

O Poeta do Sertão

sábado, 15 de novembro de 2014

O Grande Baile

O Grande Baile

Na mansão a noite é de festa

Os convidados começam a chegar
Espalham se pelo salão a cumprimentar 
Todos em trajes de gala


As mulheres divinamente
Vestidas, e ostentando
Belíssimos vestidos,
Os homens com seus ternos impecáveis,

No imenso salão encontram-se,

Todos os convidados
Que ansiosos aguardam
O início do grande baile

Os músicos fazem os últimos acertos 
Em seus instrumentos,
Quando em um dado momento surge
O anfitrião dando aos presentes as boas vindas

E anunciando o início do grande baile,
Com um discreto com um leve sinal a orquestra
Começa a tocar um belíssimo tango,

Os casais dirigem-se,

Para o centro do salão
E começam a dançar ao som do tango
Os bailarinos flutuam pelo salão fazendo,
Maravilhosas evoluções

A noite inteira os presente estiveram extasiados,

Com o que viam e a noite passou em um passe de mágica,
Sem que se dessem conta
A madrugada chegou

Alguns casais já se retiram ,

Logo o dia vai chegar
E a orquestra toca para uns poucos 
Pares que teimam em não parar,
Quando o Anfitrião se faz ouvir 
anunciando o final do grande Baile,

Com a certeza que dificilmente irão esquecer
O Grande Baile que para sempre ficará
Marcado na mente de quem participou...

O Poeta do Sertão
18-08-2014

A PRAIA

A PRAIA

Na sacada de um apartamento,
U m par de olhos silenciosos
A observam de forma
Atenta a manhã de sol

Promete movimentada que ser
Sobre a areia da praia
Haverá muitas crianças a correr
Guarda-sóis são colocados
Para os banhistas proteger 

Turistas que chegam,de todo lugar
As crianças felizes a brincado no mar
Sendo observadas por seus pais
Belas mulheres a se bronzear

Em trajes de banho desfilam
Charme e alegria pela orla da praia
em um vai e vem que não para
A partida de futebol, que vai começar 

Corpos esculturais a desfilar
Pela orla da praia
Artistas trabalhando no esculpir 
De suas esculturas de areia
O que chama atenção de quem passa, 
Tão lindas, belas que estão

Chega a tarde cai o sol
Aos poucos a praia
Vai ficando deserta
Cai a noite, o sol se pôs

Da sacada do apartamento
O par de olhos, não vê mais ninguém
Na praia o silêncio é total
Fim de mais um dia de verão

O par de olhos cansados
Também se retira da sacada
Em busca de descanso
É férias verão e amanhã tudo voltará ...

10-08-2014
O Poeta do Sertão

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Na Onda do Bate Bola

Na Onda do Bate Bola
Na onda do bate bola
Até peteca eu fui jogar
Frescobol, futebol de areia
Nesta onda eu vou entrar

Na onda do bate bola
Vejam só como é que é
Neste labirinto de jogos
É que a bola vai rolar

Na onda do bate bola
Vamos ver no que vai dar
Tem ciranda, cirandinha
Pula corda e passa anel

Se brinca com bolas de gude
Também se roda pião
A infância era de alegria
Brinquedo se fazia a mão

Bons tempos eram aqueles
Que se vivia a correr
Os amigos se reuniam
Para uma bola bater...

O Poeta do Sertão
13-11-2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sombras da Noite

Sombras da Noite

Sombras a vagar
Em busca de prazer
Pelas ruas e bares
Da cidade pelas esquinas

Nas avenidas e calçadas
Se conciliando com o nada
Vendendo-se a qualquer um
Usa o corpo como uma máquina qualquer

Por entre as sombras da noite
Circula entre becos e vielas
Sorrateiramente na escuridão
À procura de alguém que lhe possa pagar

Sombras invisíveis
Passam as noites
Distraídas com olhar distante
Sem saber o que pensar

Sombras de um ser perdido
Sem saber ao certo o que será
Do amanhã quando a juventude
Distante estiver

Sombras perdidas
De seu próprio ser
À procura de que
Se não consegue, se entender

Perdidas que estão vendendo prazer
Bebem a noite inteira
Para esquecer
Os ricos que correm sem ao menos saber

Damas do prazer
O que as trouxe até aqui
Vendem-se por nada
Fazem isto por quê?

A noite passa, o dia vem
As sombras se desfazem
Solitárias novamente estão
Sem amor, sem carinho, de volta
Para seu mundo, aos braços da solidão

O Poeta do Sertão
21-10-2014

Um Lindo Dia

Um Lindo Dia

Mais um lindo dia vai surgir
E acalorado se faz anunciar
Traz consigo o sol a brilhar
Reascende o desejo de amar

Existe novamente um brilho em cada olhar
O brilho do amor, que paira pelo ar
São os nossos corações batendo mais forte
Para ao sublime sentimento se entregar

Os jardins estão floridos
Flores a desabrochar radiantes
Espalham perfumes pelo ar, chegou a primavera
A estação das Flores vamos brindar

Um lindo dia chegou
Traz consigo a felicidade
Nos olhos de quem quer amar
O perfume das Flores estão no ar

Os beija-flores carinhosamente
Às Flores beijar
É a forma meiga que têm
Para dizer a elas, como é lindo te amar

Se eu pudesse em rosa me transformar
Para com minhas pétalas seu rosto acariciar
E para sempre sua vida com meu perfume
Lhe presentear...

O Poeta do Sertão
13-11-2014

As Cartas

As Cartas

Nas cartas do baralho
Onde fui me encontrar
Buscando por alguém
Querendo da solidão me afastar

Num emaranhado de cartas
Um castelo fui formar
Quando me deparei com ela
Estonteantemente bela

Extasiado não saí do lugar
Me prendeu com sua magia
E meu coração a palpitar
Encontrei na dama de copas

Aquela por quem eu iria me apaixonar
Nobre dama de copas
Cartas de um castelo
Por quem fui me apaixonar

Corresponda este amor
Que serei eu, seu rei
Diga dama que comigo se casará
Seremos felizes para sempre

E assim serás minha rainha
Em um castelo a levarei para jantar


O Poeta do Sertão
06-11-2014

Trapos & Farrapos

Trapos & Farrapos

Os trapos & farrapos
Destas vidas esquecidas
Oportunidades perdidas
Pelas esquinas vividas

O balaio de palha
O bugalho separado do alho
Perdido a procura de atalho
Como agulha no palheiro

Vendendo os trapos
E juntando farrapos
Espalhados pelo chão
Demarcados com carvão

Uma parede sem apoio
Uma vida feita com giz
Máquinas movidas a carvão
Corpos desgarrados
Pelas sarjetas adotados

O Poeta do Sertão
22-10-2014

Mundo de Ilusões

Mundo de Ilusões

Nestas idas e vindas
Viagens sem fim
Ao mundo de ilusões
Devaneando entre sonhos

Que povoam nossa mente
Na busca incessante de encontrar
Ainda que tardiamente
Uma chance para ser feliz

Sem se importar
Com esta malvada solidão
Que teima permanecer em nós
Para que possamos estar sempre sós

E assim se eternizar
Em um mundo de ilusões
Onde a felicidade
É mera utopia, uma simples magia

Na terra da fantasia

O Poeta do Sertão
01-11-2014

Passos Desencontrados

Passos Desencontrados

Vejam como é divertido
A dança dos invertidos
Passos desencontrados
Pelo salão todo enrolado

Para dançar em harmonia
Os passos têm que estar em sintonia
É preciso os passos acertar
Para dançar basta um pra lá e outro pra cá

O Poeta do Sertão
22-10-2014